5 de abril de 2018

Rain Man

Resenha do filme Rain Man.


Direção de Barry Levison. 1988. EUA. Drama. Autores Dustin Hoffman, Tom Cruise, Valeria Golino, Michael D. Roberts, Lucinda Jenney, Bonnie Hunt, e Beth Grant.

Charlie, um pequeno negociador, ganha a vida investindo em carros importados. É filho de um milionário. Cresceu numa família composta apenas por seu pai, pois sua mãe veio a falecer por causa de um mau súbito. Desde criança a relação entre pai e filho foi bastante conturbada. Charlie desejava agradar, ser admirado por seu pai, porém nada satisfazia a paternidade, - Penso que a insatisfação e apatia vinda do pai ocorria devido a decisões drásticas, e também por perder a sua esposa precocemente. O resultado de uma relação familiar desestruturada, Charlie deixa o convívio de seu pai, logo depois de ter sido denunciado por roubo de carro pelo mesmo, e preso, ainda na adolescência.

Depois de longos anos afastados, Charlie recebe um telefonema sobre o falecimento do pai, por conseguinte busca o testamento e descobre que herdou um carro antigo, um jardim com rosas híbridas; e que todo o dinheiro ficou para um beneficiário.

Descontente, Charlie busca o beneficiário da herança, descobre que tem um irmão autista, -  o Raymond, primogênito da família, recluso numa instituição e dono de uma herança de 3 Milhões de Dólares.

Raymond apresenta um grau de autismo que o possibilita efetuar cálculos com diferentes níveis de dificuldade apresentando destreza; realiza leituras de obras clássicas, listas e decora tudo; porém " há um  impedimento que prejudica a entrada sensorial, e a maneira que é processada. Raymond aprende, se comunica, e expressa afetivamente de maneira diferente da convencional, na qual lhe é exigido uma rotina, rituais em seu dia a dia."

Charlie ficou surpreso por ter um irmão, porém indignado em saber que o pai escondeu por toda a vida outro filho, este que, tinha uma deficiência, e era sem noção do valor de uma herança milionária.


A ambição do Charlie pela herança em dinheiro o fez sequestrar seu irmão. Logo que houve  esse "encontro" dos irmãos percebi que o filme seguiria uma linha mais cômica do que dramática por causa da forma como Charlie responde às carências do Raymond, e, também, devido as cenas bem dirigidas das " manias", por exemplo, da loja de cuecas, da TV portátil, respostas óbvias,  tudo com muita leveza.

O diretor soube transmitir de forma leve o Transtorno do Espectro Autista (TEA), a proporcionar um encanto pelo Rayn; e repeito pelo Charlie. Embora a falta de preparo, e ignorância sobre a deficiência do irmão, Charlie soube lhe dar com as especificidades, sem ignorar suas "manias", ou idiotizá-lo, ou tratá-lo como criança. E, também mostrou sua fragilidade humana, pois gritou com o Rayn, se estressou, tinha outros interesses além de conhecer o irmão. Não há porque esconder que os responsáveis por autistas também precisam de suporte.

O descontentamento de Charlie pelos 3 milhões de dólares o levou a um caminho que ele jamais tinha pensado percorrer, depois de adulto, o estreitar vínculos.

Assista!!!

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